A polimedicação define-se como a utilização
de vários medicamentos prescritos e/ou de automedicação numa população maioritariamente
idosa ou em doentes com co-morbilidades com grande potencial para o
desenvolvimento de efeitos adversos e interações de medicamentos. A maior facilidade ao acesso aos
cuidados de saúde e a maior procura de medicinas complementares e alternativas
como a fitoterapia têm também contribuído para o agravamento da incidência da polimedicação.
O crescimento de uma sociedade mais envelhecida tem também contribuído para o aparecimento
de várias doenças. Com a idade aumenta o número de doenças
crónicas e consequentemente o número de medicamentos consumidos. Nos Estados Unidos da América 40% adultos com mais de 65 anos toma 5 ou mais medicamentos e 12% tomam 12 ou mais e, cerca de 28% dos
internamentos hospitalares de idosos resultam de problemas com o mau uso do
medicamento dos quais 70% estão relacionados com reações adversas. Em Portugal,
segundo um estudo realizado em 2007 pela Faculdadede Farmácia da Universidade Lisboa concluiu-se que a toma média de medicamentos
por idosos é de 7 medicamentos tendo sido detetados casos de pessoas a tomarem
17 medicamentos por dia. Como consequência clínica temos o
aumento de reações adversas, interações e problemas de adesão à terapêutica. Nos
idosos os efeitos secundários são mais sérios uma vez que nesta faixa etária
existe alterações a nível hepático, renal, cardíaco e vascular comprometendo
toda a farmacocinética e farmacodinâmica do medicamento. A não adesão a
terapêutica tem grande prevalência nesta faixa etária e está relacionada com
alguns fatores como o número de medicamentos a administrar e o seu esquema
terapêutico, a dificuldade de deglutição, o medo da doença, a diminuição da
auto estima, dificuldade económicas, o nível educacional e esquecimento. As farmácias e o farmacêutico têm
um papel importante junto das pessoas idosas e doentes com co-morbilidades,
passando pelo acompanhamento desses doentes polimedicados em serviços
diferenciados de gestão terapêutica e gestão da doença existente nas farmácias. O objetivo dessa intervenção passa pela promoção da adesão a terapêutica,
identificação de reações adversas e interações
medicamentosa com a finalidade de avaliar a efetividade terapêutica e promover
o uso correto efetivo e seguro dos medicamentos. Fátima Pires
Farmacêutica
Farmácia Fátima Marques
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